Já parou para pensar que a sua autoimagem pode ser muito diferente daquela que os outros têm de você? Como acha que falam sobre você quando não está na sala?
Tudo o que fazemos provoca uma reação e uma impressão nas pessoas com as quais lidamos todos os dias. As nossas atitudes, o nosso temperamento, a forma como tratamos as situações adversas e as reações que esboçamos em momentos críticos são os ingredientes que, realmente, delineiam o nosso conceito na visão de terceiros.
E, se pararmos para pensar, somos aquilo que enxergam de nós. Afinal, são eles que vão conviver conosco, saborear as nossas qualidades e suportar os nossos defeitos. E, quando partirmos, seremos apenas as lembranças que deixamos e as memórias que genuinamente construímos.
De que adianta acharmos que estamos sempre certos, quando todos os nossos relacionamentos estão contra nós? Não estou dizendo que não temos que ter opiniões próprias nem personalidades bem construídas. Estou afirmando que não dá para nadarmos sozinhos contra a maré, isolados no mundo do “eu me basto” ou ilhados em um universo em que somos sempre superiores aos demais.
Se seguirmos solitários nessa jornada, vamos ficar cansados, deprimidos, carentes e infelizes. E aí, de que terá adiantado ser “mais” e “melhor”? De que servirá ter sempre a razão?
É fundamental que nossa necessidade de estar certo termine onde começam os atritos da convivência. Às vezes, é necessário ceder. Em outras, o consenso precisa falar mais alto.
Isso é ainda mais importante quando pensamos no ambiente de trabalho, repleto de pessoas de diferentes culturas e crenças, oriundas das mais diversas criações e com uma enormidade de “certezas” muito próprias. Essa heterogeneidade de perfis precisa estar junta, trabalhar unida e, principalmente, produzir resultados coletivos.
Precisamos nos impor sem sermos desagradáveis; opinar sem gerar discussões; insistir sem sermos inconvenientes; e simplesmente abrir mão quando seguir em frente não se mostrar mais uma opção. Um bom relacionamento interpessoal é imprescindível em toda situação e para a busca de qualquer resultado.
Aja de forma que, quando não estiver presente, falem sobre você da maneira como se autodescreveria. Ou perto disso.
Construa uma imagem positiva com as pessoas com as quais convive. Seja aquilo que realmente planejou ser. Assim, hoje e sempre, você poderá sair da sala sem se preocupar com as conversas que ocorrerão enquanto não estiver lá. E, quando for para o outro plano, será lembrado da forma como realmente gostaria. No fim das contas, são essas lembranças, passadas de um para o outro ao longo dos anos, que o manterão vivo por toda a eternidade. Faça com que valham a pena!
Gisele Fortes
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